quinta-feira, 11 de julho de 2019

Fé (1)...Catecismo e Significado

Foto tirada do Escadório do Bom Jesus do Monte
A Fé  é fundamental  na vida do Homem, para não ficar muito extenso o conteúdo, foi dividido em 2 publicações:
Fé (1) Catecismo e significado (este)
Fé (2)…Na Bíblia Sagrada
O Catecismo da Igreja Católica nos fala da Fé:
Profissão da Fé
(CIC:26). Quando professamos a nossa fé, começamos por dizer: «Creio», ou «Cremos». Portanto, antes de expor a fé da Igreja, tal como é confessada no Credo, celebrada na liturgia, vivida na prática dos mandamentos e na oração, perguntemos a nós mesmos o que significa «crer». A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele Se revela e Se oferece, resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida. Comecemos, pois, por considerar esta busca do homem (capítulo primeiro): depois, a Revelação divina pela qual Deus vem ao encontro do homem (capítulo segundo); finalmente, a resposta da fé (capítulo terceiro).
O Desejo de Deus 
(CIC I:27-30)O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso: 
«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador».
De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso:
Deus «criou de um só homem todo o gênero humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n'Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (At 17, 26-28).
Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus» pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus e foge quando Ele o chama.
«Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, «um coração reto», e também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti.
Os caminhos de acesso ao conhecimento de Deus
(CICII:31-35)Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, c homem que procura Deus descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas que as ciências naturais indagam mas no de «argumentos convergentes e convincentes» que permitem chegar a verdadeiras certezas.
Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação: O mundo material e a pessoa humana.
O mundo: A partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de Deu: Como origem e fim do Universo.
São Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus manifesto para eles, porque Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, a perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornam-se pelas suas obras, visíveis à inteligência» (Rm 1, 19-20).
E Santo Agostinho: «Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar interroga a beleza do ar que se dilata e difunde, interroga a beleza do céu [...] interroga todas estas realidades. Todas te respondem: Estás a ver como somo belas. A beleza delas é o seu testemunho de louvor [«confessio»]. Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo, que não está sujeite à mudança?».
O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, ele detecta sinais da sua alma espiritual. «Gérmen de eternidade que traz em si mesmo, irredutível à simples matéria», a sua alma só em Deus pode ter origem.
O mundo e o homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim. Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento da existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, «e a que todos chamam Deus».
As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana.
O conhecimento de Deus segundo a Igreja
(CICIII:36-38)«A Santa Igreja, nossa Mãe, atesta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas». Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado «à imagem de Deus» (Gn 1, 27).
Nas condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, no entanto, muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da razão:
«Com efeito, para falar com simplicidade, apesar de a razão humana poder verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que protege e governa o mundo pela sua providência, bem como de uma lei natural inscrita pelo Criador nas nossas almas, há, contudo, bastantes obstáculos que impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas sensíveis; e quando devem traduzir-se em atos e informar a vida, exigem que nos demos e renunciemos a nós próprios. O espírito humano, para adquirir semelhantes verdades, sofre dificuldade da parte dos sentidos e da imaginação, bem como dos maus desejos nascidos do pecado original. Daí deriva que, em tais matérias, os homens se persuadem facilmente da falsidade ou, pelo menos, da incerteza das coisas que não desejariam fossem verdadeiras».
É por isso que o homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre «as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para que possam ser, no estado atual do gênero humano, conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro».
Como falar de Deus?
(CIC IV:39-43)Ao defender a capacidade da razão humana para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também com os descrentes e os ateus.
Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.
Todas as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) refletem, pois, a perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das perfeições das suas criaturas: «porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor» (Sb 13, 5).
Deus transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para não confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas ficam sempre aquém do mistério de Deus.
A falar assim de Deus, a nossa linguagem exprime-se, evidentemente, de modo humano. Mas atinge realmente o próprio Deus, sem todavia poder exprimi-Lo na sua infinita simplicidade. Devemos lembrar-nos de que, «entre o Criador e a criatura, não é possível notar uma semelhança sem que a dissemelhança seja ainda maior», e de que «não nos é possível apreender de Deus o que Ele é, senão apenas o que Ele não é, e como se situam os outros seres em relação a Ele».
Significado  da Fé
Fé é uma palavra que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.
Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de algo vai mudar de forma positiva, para melhor.
De acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego "pisti" que indica a noção de acreditar e no Latim "fides", que remete para uma atitude de fidelidade.
No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião. Ter Fé em Deus é acreditar na sua existência e na sua Onisciência. A Fé é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo, quando falamos da fé cristã ou da fé islâmica.
A Fé Cristã implica crer na Bíblia Sagrada, na palavra de Deus, e em todos os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus. Na Bíblia há inúmeras referências ao comportamento do cristão que age com Fé. Uma das frases sobre o tema afirma que "a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem". (Hebreus 11:1)
Fé Religiosa 
No âmbito religioso, a Fé é dom daqueles que cumprem genuinamente os conceitos apregoados por sua religião ou crença. Ter Fé também se aproxima de possuir uma religião ou um culto. Exemplo disso é a já conhecida expressão “Fé Cristã”, “Fé Islâmica” ou “Fé Judaica”.
Fé Cristã
A Fé Cristã envolve a atitude de crer na Bíblia como Livro Sagrado, regra de Fé e Palavra de Deus, como em todas as palavras proferidas por Jesus Cristo, o Messias enviado por Deus.
Na Bíblia, há incontáveis menções à conduta do cristão que caminha com fé. Um dos versículos clássicos sobre a temática está no livro de Hebreus 11:1 “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem".
A Fé Bíblica não representa o otimismo secular, baseado em pensamentos positivos como, por exemplo, a máxima "dias melhores virão". A Fé Cristã está baseada nas promessas de Deus registradas na Bíblia Sagrada, que os cristãos recebem com convicção por conta da promessa, como um direito legal que um herdeiro reivindica no cartório.
Quatro versículos para entender a Fé
* Fé é fonte de poder (Mateus 21:21)
Nos dias atuais ouvimos muito falar na “força de acreditar”. Mesmo para os não cristãos e pessoas que não seguem uma religião, vemos que existem vários autores de livros que ensinam que “tudo é possível ao que crê”. Essa frase foi dita por Jesus em Marcos 9:23, mas a pergunta é: ao que crê em quê? Enquanto muitos palestrantes e livros de autoajuda afirmam que devemos crer em nós próprios, nas nossas capacidades, Jesus nos encoraja a crer em Deus, pois a fé em Deus (juntamente com o Seu Espírito em nós) nos capacita a fazer grandes obras!
A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que fizeram coisas espantosas porque tinham fé em Deus. Mas estas coisas tinham um propósito e uma missão: Elas serviam para trazer glória a Deus e para cumprir a Sua vontade na Terra. Este é um ponto importante: O poder que aquele que crê tem, só deve ser usado para a Honra e Glória de Deus. 
Ler a Bíblia e orar diariamente a Fé vai aumentar e o poder de Deus irá se manifestar
*Fé é ter vitória (1 João 5:5)
Neste mundo estamos em constantes batalhas. Enfrentamos desafios diários, nas nossas famílias, nos nossos trabalhos, nos nossos relacionamentos. Ninguém gosta de perder, todos queremos ser bem sucedidos em todas as áreas. Quando nós cremos que Jesus é o Filho de Deus, e que Ele morreu na cruz por nós, sabemos que temos acesso a Deus e temos vida eterna. Essa Fé muda a nossa forma de viver, porque sabemos que mesmo nos dias menos bons, a nossa vitória já foi garantida por Jesus!
Na Bíblia, Jesus se referiu ao diabo como o “príncipe deste mundo” (João 12:31; João 14:30; João 16:11). Assim, sabemos que este mundo está corrompido pelo pecado e Satanás tem muita influência nesta terra, principalmente nas pessoas que não entregaram as suas vidas a Jesus. Por esse motivo, nós estamos em constante batalha, pois o mundo e Satanás farão tudo para nos desmotivar e afastar de Deus. Neste mundo, mesmo com dificuldades, mesmo com as lutas do dia a dia, até quando você enfrenta um dia mau (Efésios 6:13), não desespere, mas creia em Jesus e que Ele conquistou a maior vitória por Nós na cruz.
Sempre que você estiver sofrendo ou sentindo o peso da derrota, leia Romanos 8:28-39. Não se concentre nos seus problemas ou nas emoções negativas, mas pense em tudo o que Jesus já conquistou para você! 
*Fé é estabilidade (Tiago 1:6)
A perseverança é uma característica impressionante do ser humano e imprescindível para qualquer cristão. Aquele que persevera é constante, mesmo que as circunstâncias sejam adversas.
Por vezes vamos enfrentar situações que podem nos tirar o equilíbrio. A Bíblia não engana ninguém: todos vamos passar por momentos de sofrimento. Mas a Palavra de Deus nos deixa uma dica maravilhosa: Quem tem fé permanece firme mesmo quando o diabo tenta nos prejudicar (1 Pedro 5:9). Um dos grandes perigos que um cristão enfrenta neste mundo é acreditar que ele consegue viver pela sua própria força. Nós podemos fazer várias coisas pela nossa força, mas desta forma vamos ficar cansados, frustrados e eventualmente derrotados. Devemos viver pela Fé, confiando que a nossa força vem de Deus e Ele é a rocha que garante a nossa estabilidade (Salmos 18:2).
Aprenda mais sobre perseverança lendo sobre a vida de Daniel, Davi, Paulo, Timóteo, aprenda com o seu exemplo veja como eles nunca desistiram mesmo nos momentos mais difíceis.
*Fé é ação (Tiago 2:17)
Não basta dizer que temos fé, temos que mostrar com nossas atitudes. Falar é fácil, cumprir o que nós falamos é bem mais difícil. Dizer que temos Fé não custa nada, pois são apenas palavras. Mostrar que temos Fé através das nossas atitudes é bem mais complicado. Quando nós dizemos que temos Fé, mas as nossas ações não mostram isso, falamos apenas da boca para fora e estamos nos enganando. Deus sonda e conhece os corações e por isso sabe quem tem Fé ou não. Da mesma forma, as pessoas que nos escutam dizer que temos Fé mas olham para as nossas vidas e não veem obras que mostrem isso, vão nos considerar impostores e esse mau testemunho pode afastá-las de Deus. Jesus disse que a árvore boa dá frutos bons e a árvore má dá frutos maus (Mateus 7:17). Isso quer dizer que se você tem Fé, você naturalmente fará boas obras, as boas obras que Deus preparou para nós (Efésios 2:10). 
Crie uma lista de coisas práticas que você pode fazer e que vão demonstrar a sua fé (e glorificar a Deus). Estabeleça prazos semanais ou mensais para garantir que você cumpre esses objetivos. Por exemplo, você pode fazer voluntariado para ajudar pessoas necessitadas ou se envolver num ministério da sua igreja. 

http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s1c1_26-49_po.html
https://www.significados.com.br/fe
https://www.significadosbr.com.br/fe
https://www.respostas.com.br/versiculos-para-entender-fe/
https://www.bibliaon.com/versiculos_de_fe/

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