sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Peregrinação à Grécia - Passos de São Paulo - 6º Dia: Corinto-Micenas-Epidaurus

6º Dia (31/8/2019)
9-Corinto

Canal de Corinto
Nome de uma antiga Pólis grega (cidade-estado) e também do istmo próximo, cerca de 48 km a oeste de Atenas, que emprestou seu nome para a um conjunto de jogos pan-helênicos, uma guerra, e um estilo de arquitetura. A moderna cidade de Corinto está localizada
cerca de 5 km a nordeste das ruínas antigas.
Corinto era um rico centro comercial, abrigando uma população cosmopolita graças ao seu porto, que realizava um lucrativo comércio com a Ásia, além de ser um ponto de comunicação com a península itálica. Além disso, desempenhou um papel importante no trabalho missionário do apóstolo Paulo, que lá viveu por dezoito meses. Hoje é a segunda maior cidade do Peloponeso, com vários locais de interesse para os peregrinos e turistas.
O local da antiga cidade era habitado já no período neolítico (5000-3000 a.C.), e floresceu como um importante centro no século VIII a.C., permanecendo assim até sua destruição pelos romanos, em 146 a.C. Tinha o status de potência naval, o que permitiu à antiga Corinto estabelecer colônias em Siracusa, (na ilha da Sicília) e em Corcyra (atual Corfu, próximo à Albânia). Estas colônias serviam como entrepostos comerciais para as peças ornamentais de bronze, produtos têxteis e cerâmica produzidos na metrópole.
A partir de 582 a.C., Corinto passou a abrigar os Jogos Ístmicos, celebrados em honra do deus do mar Poseidon. O templo dórico de Apolo, um dos principais marcos históricos da cidade foi construído em 550 a.C., no auge da riqueza da Pólis.
A antiga cidade foi parcialmente destruída pelos romanos em 146 a.C., mas em 44 a.C., foi reconstruída como uma cidade romana. A nova Corinto prosperou mais do que nunca, estima-se que tinha cerca de 800 mil habitantes no tempo de Paulo. Foi a capital da Grécia romana, habitada principalmente por homens livres e judeus.
Alarico, em sua invasão à Grécia, em 395-396, destruiu Corinto e vendeu muitos de seus cidadãos como escravos. Ainda assim, a cidade permaneceu habitada por muitos séculos, suportando sucessivas invasões, destruições e pragas.
Corinto foi capturada pelos turcos, em 1458, e pelos Cavaleiros de Malta em 1612. Por volta de 1687 até 1715, os venezianos controlaram a cidade, que novamente caiu na mão dos turcos. Finalmente, com a independência grega em 1822, a cidade passou a fazer parte do novo país.
Desde 1896 foram iniciadas sistemáticas escavações arqueológicas na área da antiga polis, e ainda se encontram em andamento, trazendo à tona a ágora, templos, fontes, lojas, pórticos, banheiros e vários outros monumentos.
https://www.infoescola.com/grecia-antiga/corinto/

Ruínas de Corinto


Museu de Corinto









 
























Local onde foi celebrada a Eucaristia



 







Acrópole de Corinto

10-Micenas

A Civilização Micênica foi a civilização que se desenvolveu após o domínio da Ilha de Creta e o fim da civilização minoica. Seu principal centro era Micenas, que influenciava o Mediterrâneo, formada por uma aristocracia voltada para a guerra e preparada para combates.
Até então eram considerados gregos aqueles que falavam o idioma e a Grécia era formada por povoados independentes espalhados ao longo dos mares Mediterrâneo e Egeu. A região não se chamava Grécia, nem seus habitantes chamavam-se gregos. Essa denominação foi dada pelos romanos, séculos mais tarde. A região era chamada de Hélade, um local formado por campos vastos para cultivo, especialmente de cereais, e montanhas que tornavam o acesso difícil por terra. Por isso, esses povos desenvolveram-se com base na navegação, e dominaram técnicas para usar os mares como meio de contato com outras civilizações.
Esse contato íntimo com o mar fez com que a civilização micênica – e também a minoica que a antecedeu – desenvolvesse a pesca e utilizasse os animais marinhos como alimentos – como até hoje é conhecida a gastronomia mediterrânea, e que se aprimorasse na navegação e no comércio exterior a partir do mar.
A Grécia estava situada na Região dos Balcãs, ao sul do continente europeu como o conhecemos hoje. À época podia ser dividida em três partes: a Grécia Continental, onde ficavam cidades como Atenas e Tebas; a Grécia Peninsular, região onde estava localizada a cidade de Esparta, e a Grécia Insular, onde ficavam localizadas as ilhas de Creta e Delos. Todos aqueles que estivessem situados além destes limites era considerado pelos gregos como bárbaros, ou seja, não falavam o idioma grego e, portanto, não eram compreendidos por eles.
A cultura micênica desenvolveu-se na Península Balcânica e, através do mar, se expandiu e se difundiu. Os aqueus, ao invadirem a Ilha de Creta, destruíram a civilização Minoica. Eles desenvolveram uma outra civilização, chamada Micenas, que se expandiu por toda região. Nesta nova civilização havia a concentração do poder por dois reis. Foi a civilização micênica que desenvolveu a escrita em grego, até então inexistente. O pouco que conhecemos se deve à escrita de Ilíada e Odisseia, por Homero, por volta de 800 a.C. Ele narrou em forma de epopeia o que teria sido o último ano da guerra de Troia, um conflito entre os micênicos e os troianos. Em Odisseia é narrada a trajetória de retorno de Odisseu – Ulisses – para a Ilha de Ítaca. Ainda que não se possa tomar como realidade a narrativa de Homero, por meio dela é possível compreender o contexto de sua produção e ter acesso – cruzando suas informações com as pesquisas arqueológicas, por exemplo – a algumas características da civilização micênica.
https://www.infoescola.com/historia/civilizacao-micenica/

» Visita ao Túmulo de Agamenon, Palácio e Porta das Leões




   


sombra projetada na parede ao tirar a foto (1ª- casual) 2ª repetição da foto para comprovação, onde não havia luz direta e sem flash







 

Houve a 3ª ("voto de Minerva", mais próximo da parede) e depois foto de alguns dos integrantes e curiosamente a sombra de outros elementos do grupo não apresentou a mesma tonalidade de cor ou configuração.










           
Museu










 














      
  











11- Epidaurus
Teatro antigo (55 filas de assentos e uma capacidade de 14.000 espectadores, é uma das joias da Grécia Antiga)
.https://www.tudosobreatenas.com/epidauro
         




Museu  - infelizmente não visitado (o grupo dispersou na visita ao teatro junto com o guia, que não informou onde seria o Santuário e o Museu), gastou-se o tempo estipulado  na procura do Santuário de Esculápio  (deveras importante, para não ser observado e fotografado), embora tivesse passado na porta do museu, mas já não houvera tempo  para o visitá-lo, 


Santuário de Esculápio



Santuário de Esculápio Já no tempo da antiga Grécia, por volta do séc. V a.C., havia santuários como o grande templo de Epidauro, dedicados a Asclépio (o Esculápio dos romanos). Para os gregos, Asclépio, herói homérico, fruto lendário dos amores de Apolo com uma pobre mortal, tornara-se então o semideus da medicina. O seu culto prolongara-se até o princípio da cristianização do império romano e às primeiras invasões dos bárbaros (Charitonidou, 1978; Javitt, 1990; Sournia, 1995).
O poder médico começa por ser um poder mágico-religioso, independentemente daquele que o exerce (v.g., curandeiro, feiticeiro, sacerdote, físico ou cirurgião), tanto nas sociedades primitivas como nas sociedades complexas. Esse poder baseia-se, sobretudo na crença de que a cura da doença, embora operada por forças divinas, exige a intervenção, de um médium dotado de um dom ou carisma. Não é por acaso que o termo terapeuta (do grego therapeutés) significava originalmente "o que cuida, servidor ou adorador de um deus"O arqueólogo grego Charitonidou (1978. 13-15) descreve-nos com mais pormenor os rituais e o método terapêutico que então eram usados: O Santuário de Asclépio pertencia à cidade de Epidauro, a qual nomeava anualmente o dignitário supremo, o sacerdote de Asclépio, para o desempenho de funções simultaneamente religiosas e administrativas.

Os preceitos de culto, muito antigos, deviam ser fielmente observados pelos doentes que procuravam o templo para cura dos seus males. Às mulheres era interdito dar à luz no interior do santuário, enquanto os moribundos deviam ser afastados para longe. (Curiosamente, dois interditos que vimos encontrar mais tarde nos hospitais franceses do Antigo Regime). Depois dos rituais das orações, das purificações e da oferta de sacrifícios (um boi ou um galo, para os mais ricos; frutas ou doces, para os mais pobres), o doente era sujeito a cerimônias que punham à prova a sua fé.
Ao que parece, a autossugestão era estimulada pelos sacerdotes que guiavam os doentes, de modo a criar as condições propícias ao acontecimento milagroso que se iria seguir durante o sono, com a aparição da divindade em pessoa. Tudo isso se passava em um ambiente de grande recolhimento, acentuado pelos hinos cantados, em coro, pelos peanistes.

Como agradecimento pela cura, os fiéis deviam presentear o deus com oferendas. Havia as de todo o tipo, para além do dinheiro: vasos de barro, utensílios em bronze, utensílios votivos, estátuas, etc. As estelas (ou inscrições votivas) que foram descobertas pelos arqueólogos constituem hoje uma fonte de informação preciosa sobre o Templo de Epidauro, os peregrinos que ali recorriam os males de que sofriam e as curas que obtiveram: o paralítico, a criança muda, o homem de Tessália com manchas no rosto, a mulher de Messina que queria ter um filho e que, depois de dormir com a serpente, deu à luz duas crianças, etc. Para manter vivo o culto de Asclépio e conservar a sua clientela, os sacerdotes passaram a inteirar-se dos males de que sofriam os fiéis e ao mesmo tempo a dar-lhes alguns conselhos. Tudo indica, a começar pelos achados arqueológicos que estão no Museu de Epidauro e que incluem alguns instrumentos médicos, que a partir de certa altura os sacerdotes do templo passaram, também eles, a prestar alguns cuidados médicos. Há uma Estela, datada do Séc. II d.C., cujo conteúdo é bem revelador das mudanças que, entretanto se tinham operado no templo de Epidauro, o qual já não é apenas um local de peregrinação religiosa, mas também um estabelecimento sanitário a par de um centro de lazer, cada vez mais mundano, com os seus banhos de águas quentes e frias, as suas pousadas, os seus ginásios, as suas corridas e os seus jogos, para além do seu famoso teatro, construído no Séc. IV a.C. e considerado o melhor e o mais belo da Antiguidade.

A invasão da Grécia pelos Godos levou à devastação, em 395, do santuário, que depois seria definitivamente encerrado por ordem do imperador bizantino Teodósio II (em 426), em nome do proselitismo cristão. Mas Asclépio, o deus-médico, o seu culto e os seus templos (a começar pelo de Epidauro, o mais célebre de todos) continuam a exercer ainda hoje um grande fascínio, sendo uma referência obrigatória para a compreensão da história da medicina e das instituições de saúde no Ocidente.

De qualquer modo, há que fazer uma distinção entre as práticas médicas “laicas” e “religiosas” na Grécia Antiga. É com a medicina hipocrática que se fará a rutura em relação à medicina mágico-religiosa, associada ao culto de Asclépio a figura mitológica de Ascéplio era simbolizada por um jovem, de pé, apoiado em um cajado no qual está enroscada a serpente, sozinho ou em família.

Não havia donzela mais formosa em toda Tessália do que Corônis. Apolo apaixonou-se por ela e conceberam um filho, mas durante a gestação ela se apaixonou por um mortal, o jovem Ischys. Quando Apolo soube da traição, sentenciou Corônis à morte. No momento em que ela estava sendo colocada sobre a pira para ser queimada, Apolo arrancou do seu ventre o menino ainda vivo. Assim nasceu Asclépio confiado ao centauro Kiron que lhe ensinou a medicina.
Asclépio crescia e com o tempo adquiriu uma grande habilidade na medicina, descobrindo uma maneira de ressuscitar os mortos tornando-se o Deus da medicina.
Asclépio apaixonou-se por Epione, que se tornou deusa da anestesia, aliviando as dores. Tiveram os filhos:
Machaon (cirurgião) e Podaleirus ou Podalirio (o dom do diagnóstico e da psiquiatria) que foram os médicos dos gregos na Guerra de Tróia;
Telésforo - o pequeno gênio da convalescença;
Panaceia - a deusa dos medicamentos e ervas medicinais;
Iaso - deusa da cura,
Áceso - deusa dos cuidados e enfermagem,
Aglaea - deusa dos bons fluidos, boa forma e beleza natural, e
Hígia ou Higeia - deusa da prevenção das doenças, que deu origem ao termo Higiene (limpeza, higiene e saneamento).
Tinha, pelo menos, dois filhos, que também eram médicos, e duas filhas, Higia e Panaceia. Para os gregos, essas duas figuras personificavam a saúde e a terapêutica, respectivamente.
De Higia (do grego hygieia, saúde) derivaria a palavra moderna higiene (de hygieinon, neutro de hygieinos, saudável): práticas ou condições conducentes a uma boa saúde, a arte relativa à saúde, a salubridade. De qualquer modo, o vocábulo grego é, em termos semânticos e conceptuais, mais rico do que o latino salute (estado de robustez física, ausência de doença).
Por sua vez, de Panaceia (do grego panakeia), e por via do latim panacea, deriva o vocábulo panaceia (remédio para todos os males ou doenças).
Mas a maestria de Asclépio tornou-se perigosamente grande, Ele recebeu de Atenas o sangue vertido das veias da Górgona Medusa que continha o violento veneno do lado esquerdo e o sangue do lado direito que era salutar, Asclépio o utilizava para ressuscitar os mortos. Asclépio não só tinha o poder de curar a doença como inclusive o de ressuscitar os mortos, graças à serpente sagrada que lhe revelava todos os segredos escondidos nas entranhas da terra, tanto os da vida como os da morte. Esse poder, de que usava e abusava por razões talvez nem sempre nobres, ter-lhe-ia valido ira de Hades, o deus do inferno, e naturalmente do próprio Zeus
Temendo que Asclépio revertesse a ordem do mundo passando esse conhecimento aos homens, Zeus o matou com um raio por ter cometido hybris (pecado de usurpação dos poderes dos deuses), e por, ao fim e ao cabo, pôr em causa a ordem natural das coisas e a harmonia universal, de que a doença e a morte dos humanos faziam parte...
Apolo colocou o seu filho entre as estrelas como a constelação do Serpentário, o Ophiucus e o divinizou. Assim Asclépio é um deus que não está no Olimpo nem habita o Hades, mas caminha entre os homens ensinando a medicina e aliviando-os das doenças.
Aos olhos dos gregos, a punição de Zeus era também uma lição para todos os médicos que já, na altura, se deixariam trair pela ambição do poder, da glória e do dinheiro. Desaparecido Asclépio e com ele a crença na possibilidade de superar a morte, Higia é transformada na deusa da saúde, o símbolo frágil, poético e sedutor da felicidade possível que o comum dos mortais podia aspirar no decurso de uma vida efêmera na terra, enquanto Panaceia representará algo de mais prosaico: o tratamento da doença.
A simbologia não deixa de ser extremamente atual: Higia representa a arte da saúde, a da prevenção da doença e da promoção da saúde, enquanto Panaceia tem mais a ver com a arte de curar, a medicina, o tratamento e a cura da doença
De resto, quase todos os deuses do Olimpo, bem como os semideuses e heróis gregos têm alguma relação com a saúde e a doença:
Apolo, em primeiro lugar, mas também Atena, a deusa da sabedoria, e Hera, mulher de Zeus, protetora do lar, do casamento e das parturientes;
Quíron, o mestre de Ascépio e o mais sábio dos centauros, que praticava, entre outras artes, a cirurgia (do grego, cheirougía, ação de trabalhar com as mãos, trabalho manual, prática de uma arte ou ofício), para além de ter chegado a ser o patrono do ensino médico (Lyons e Petrucelli, 1984).
Conta à lenda (nas suas várias versões) que Asclépio, na sua juventude, teve por mestre o Centauro Quíron, que vivia em Tessália. Com ele aprendeu a arte de curar e de reconhecer as plantas medicinais que cresciam no monte Pélion. Cedo ultrapassou o seu mestre, em saber e experiência, o que lhe valeu o reconhecimento dos deuses do Olimpo.

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/o-hospital-e-sua-historia-os-templos-de-asclepio/29230
https://www.bing.com/profile/history?FORM=EDGEHS&fsi=1

Segundo Jouanna, tanto a filosofia quanto a medicina grega antiga foram influenciadas pelos escritos dos egípcios. Na medicina egípcia, acreditava-se que deuses podiam causar doenças, e pode-se ver uma referência desta crença na obra “Ilíada”, de Homero, onde, por exemplo, Apolo e Ártemis matam pessoas com doenças. Entretanto, neste período também existia alguns deuses e semideuses que auxiliavam a curar as pessoas, como os cultos de Amphiaraus em “Inscriptiones Graecae VII” (Inscrições gregas, em latim) e o culto de Asclepius em “De Natura Animalium” (Sobre a natureza dos animais, em latim), de acordo Longrigg. Nestas fontes mostra-se quão efetiva se considerava a cura por intermédio dos deuses, cujas curas eram efetuadas por previsões e intervenções de sacerdotes. Esta perspectiva de que os deuses e semideuses interferiam na vida dos humanos era forte no Período Homérico. Neste período, de acordo com Vieira, após o diagnóstico, seguiam-se dois tipos de tratamento: um pela magia (com orações, oferendas, amuletos e sacrifícios aos deuses) e o outro método através de plantas e pequenas cirurgias.
No século III a.C. se inicia uma disputa entre duas correntes filosóficas, a saber, a Escola Hipocrática (mais tarde foi denominada por Galeno como Escola Dogmática), e a segunda, a Escola Empírica de Alexandria, fundada por Filino de Cos. Ambas Escolas interpretavam as causas e os efeitos das doenças dos enfermos através do estudo do corpo humano, com interpretações que se afastassem das explicações sobrenaturais, baseando-se apenas nas causas naturais.
Conforme Maia, a Escola Hipocrática contribuiu com a elaboração da teoria dos humores, no qual acredita-se que o corpo possui quatro tipos de humores (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) que determinavam o equilíbrio da saúde no corpo. Estes humores possuíam naturezas vinculadas aos quatro elementos, e demais características como secura, calor, umidade e frio. Cada combinação dos humores junto aos elementos e estes aspectos citadas acima compõem os quatro diferentes tipos de temperamentos (sanguíneo, fleumático, bilioso e melancólico). Na teoria hipocrática acredita-se que a causa das doenças é o desequilíbrio dos humores. A prática hipocrática elimina-se o excesso dos humores por meio de medicamentos que excluem esta natureza excessiva. Além deste método, eles também se utilizavam de sangria.
A Escola Empírica formou-se em oposição ao dogmatismo e pneumática, que acreditavam ter desviado a prática médica com cosmologia e filosofias. Esta Escola baseava-se na experiência e observação, e um de seus primeiros estudos foi a pulsação com Filino de Cós. As práticas médicas nas quais se atentavam eram cirúrgicas, tratamentos de feridas e métodos de enfaixar. Serapião de Alexandria foi outro participante na criação desta Escola e contribuiu com um método de análise médica em três fundamentos, que são: autopsia, análise da observação médica e comparação com demais casos de enfermidades.
Outra Escola Filosófica conhecida como Cética formou-se em resposta aos métodos das demais Escolas existentes. Fundada por Pirro de Élis (360-272 a.C.) questionou as origens do conhecimento científico, metafísico, moral e religioso. O termo cético, que nomeou esta Escola, provem do verbo grego sképtomai, o qual significa investigar, olhar. Apesar de se aproximar da Escola Empírica, esta buscava suspender o julgamento para apreciar a circunstância da forma mais neutra possível. Assim, a indiferença contribuía para se obter o fundamento das representações e das causas.
Hipócrates falou a famosa frase: "deixe o alimento ser sua medicina e a medicina ser seu alimento", que melhor entendida significa que: os hábitos diários das pessoas, como o que comem, determinam o estado geral de saúde das mesmas.

https://www.infoescola.com/historia/medicina-grega-antiga/
https://br.blastingnews.com/educacao/2015/11/uma-visao-geral-da-medicina-na-antiga-grecia-00661043.html

Juramento de Hipócrates


O célebre juramento de Hipócrates (que a lenda diz ser, ele próprio, filho de um asclepíade, sacerdote de um templo de Asclépio) começava, aliás, pela invocação de quatro personagens mitológicas indissociavelmente ligadas à proto-história da medicina ocidental.




 Juramento Original ( 1771)



"Juro por Apolo Médico, por Esculápio por Higí por Panaceia e por todos os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectuais,
Honrarei o professor que me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências,
Estimarei os filhos dele como irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou remuneração.
A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensina! Como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a mais ninguém.
A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.
Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres. Guardarei castidade e santidade na minha vida e na minha profissão. Operarei os que sofrem de cálculos, mas só em condições especiais; porém, permitirei que esta operação seja feita pelos praticantes nos cadáveres,
Em todas as casas em que entra!; fá-lo-ei apenas para benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e a corrupção, especialmente a sedução das mulheres, dos homens, das crianças e dos servos, Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não convenha que seja divulgado, guardarei silêncio como um segredo religioso,
Se eu respeitar este juramento e não o viola! serei digno de gozar de reputação entre os homens em todos os tempos; se o transgredir ou violar que me aconteça o contrário"
HIPOCRATIS OPERA VERA ET ADSCRIPTA Tomus Quartus, pág: 197-198-199, Lausanne MDCCLXXI
http://www.jmrezende.com.br/orkos.htm

Juramento no Brasil
“ Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para sempre, a minha vida e a minha arte, com boa reputação entre os homens.
Se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário”
Fórmula utilizada no Brasil 

1983 Juramento

No momento de ser admitido como Membro da Profissão Médica
Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade.
Darei aos meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos.
Exercerei a minha arte com consciência e dignidade.
A Saúde do meu Doente será a minha primeira preocupação.
Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que me tiver confiado.
Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica.
Os meus Colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político, ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente.
Guardarei respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus conhecimentos Médicos contra as leis da Humanidade.
Faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.
(FÓRMULA DE GENEBRA Adotado pela Associação Médica Mundial, em 1983)


Bastão de Asclépio

Os atributos de Asclépio eram as serpentes enroladas em um bastão, o caduceu, que se transformou no símbolo da medicina. As serpentes eram consagradas a Asclépio, provavelmente devido à superstição de que aqueles animais têm a faculdade de readquirir a juventude, mudando de pele. Também são a sua epifania - a inspiração divina - e está presente espírito dos médicos e profissionais de saúde, estimulando a um conhecimento do corpo humano e também das ervas e drogas. Havia numerosos oráculos de Asclépio. O mais célebre era o de Epidauro no Peloponeso, onde se desenvolveu uma verdadeira escola de medicina, cujas práticas eram sobretudo mágicas. Os enfermos procuravam respostas e cura para suas enfermidades dormindo no templo. Pelas descrições deduz-se que o tratamento aplicado constituía o que hoje se chama magnetismo animal ou mesmerismo. O culto a Asclépio, chamado Esculápio pelos romanos, foi introduzido em Roma por ocasião de uma grande epidemia, quando se enviou uma embaixada ao templo de Epidauro para implorar a ajuda do deus. Esculápio mostrou-se propício e, quando o navio voltou, acompanhou-o sob a forma de uma serpente. Chegando ao Tibre a serpente desceu do navio e tomou posse de uma ilha no rio onde foi erguido um templo ao deus. Teve muito prestígio no mundo antigo quando seus santuários se converteram em sanatórios.

A arte da cura e da medicina era praticada pelos Asclepíades. O mais célebre deles é Hipócrates, (470-377 aC) que nasceu em Kós (Em uma pequena ilha do mar Egeu, na Grécia, próximo ao litoral da Asia Menor) , fundador da ciência grega da medicina. Para Hipócrates, a moderação é o que proporciona uma vida sã. Quando surge uma doença, é porque a natureza está em desequilíbrio físico ou psíquico. A receita da vida saudável é a moderação, a harmonia: 
Mens sana in corpore sano - mente sã em um corpo são.

Princípio da atuação do médico:
Primum non nocere.= "primeiro, não prejudicar"

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