segunda-feira, 10 de junho de 2019

Os Dons do Espirito Santo Acompanham as Bem-Aventuranças e Dão Frutos


As virtudes infusas são forças, ajudas sobrenaturais, que Deus sopra em nossas almas para nos ajudar a bem agir. Estas forças espirituais aperfeiçoam as nossas forças naturais, dando à nossa ação um valor novo, tirado da graça divina.
Os Dons do Espírito Santo também são infusos na nossa alma por Deus e nela residem habitualmente, para nos tornar dóceis à ação de Deus em nós, pela qual Ele nos leva à perfeição. Não agem na nossa alma do mesmo modo que as virtudes infusas. As virtudes aperfeiçoam nossas ações nos dando forças para agir melhor. Os dons do Espírito Santo realizam uma união íntima de Caridade que nos leva direto ao bem. É Deus nos empurrando para agir bem. Essa ação divina em nós é infalível e irresistível. Só poderemos perdê-la se a recusarmos, o que seria um pecado mortal. As virtudes nos ajudam a andar, passo a passo, no caminho da perfeição. Os Dons trazem imediatamente a perfeição para dentro de nós. As virtudes nos levam a melhor trabalhar na busca da perfeição. Os Dons nos trazem o repouso de quem já alcançou a perfeição (naquela ação).
São sete os dons do Espírito Santo:
*Temor de Deus 
O dom do temor de Deus nos leva a amá-Lo tão profundamente que tenhamos receio de ofendê-Lo. Nada tem a ver com o temor do mercenário ou o temor do castigo (do escravo); mas é o temor do amor do filho. É a rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de ofender a Deus; Brota das entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem este tipo de temor. Medo de ofender o Amado. Pelo dom do temor de Deus a vitória é rápida e perfeita, pois é o Espírito que move o cristão a dizer “não” à tentação. O dom do temor de Deus está ligado à virtude da humildade, que nos faz conhecer nossa miséria, impede a presunção e a vã glória, e assim, nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus; Daí surge o santo temor de Deus. Ele se liga também à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus. Para que nossa Esperança nunca diminua, Deus nos dá o dom do Temor de Deus, pelo qual estamos sempre na presença de Deus, com muito respeito por sua Excelência e por sua Bondade de infinita majestade, e que nada tememos mais do que perde-Lo ou desagradá-Lo, ou perde-Lo por causa de coisas que nos afastariam d'Ele para todo sempre. 
*Piedade 
O dom da piedade nos orienta em todas as relações que temos com Deus e com o próximo. São Paulo se refere a isso: (Rm8,15 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. ). O Espírito Santo, mediante o dom da piedade, nos faz, como filhos adotivos de Deus, reconhecer Deus como Pai. E, pelo fato de reconhecermos Deus como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo. Este dom nos leva a considerar o fato de que Deus é sumamente santo e sábio: “Nós vos damos graças por vossa grande glória”. É o dom da piedade que leva os santos a desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus. “Para que em tudo seja Deus glorificado”, diz São Bento. E Santo Inácio de Loiola exclama: “Para a maior glória de Deus”. É também o dom da piedade que desperta no cristão a inabalável confiança em Deus Pai, como, por exemplo, Santa Teresinha. Este dom leva o cristão a ver o outro como irmão e a amá-lo como filho de Deus. Pelo dom de Piedade aprendemos a tratar Deus como filhos obedientes tratam seu pai, dando a Ele todo nosso ser, manifestando nosso amor pela oração e tratando todos os homens como filhos de Deus e merecedores do amor divino. Se todos os homens vivessem movidos pelo dom de Piedade, a humanidade seria uma verdadeira família divina, antecipando a vida de Caridade que haverá no Céu. 
*Fortaleza 
O dom da fortaleza nos dá força para a fidelidade à vida cristã, cheia de dificuldades. Jesus disse que  (Mt11,12 12 E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele). Pelo dom da Fortaleza o Espírito Santo nos dá a coragem necessária para a luta diária contra nós mesmos, nossas paixões e problemas, com paciência, perseverança, coragem e silencio. Nos dá forças além das naturais. Esta força divina transforma os obstáculos em meios e nos dá a paz mesmo nas horas mais difíceis. Foi o que levou São Francisco de Assis a dizer: “Irmão Leão, a perfeita alegria consiste em padecer por Cristo, que tanto quis padecer por nós". Enquanto a virtude de Fortaleza nos torna capazes de vencer os obstáculos humanos, já o dom de Fortaleza nos leva a suportar as dores, provações e separações que se relacionam com a vida eterna, principalmente a morte. Com o dom da Fortaleza, o homem possui toda a confiança na obtenção dos bens eternos que tomarão o lugar dos bens terrenos que perdemos. O dom da Fortaleza nos torna vitoriosos sobre a própria morte. É o dom próprio do mártir, que enfrenta as feras, a espada, o fogo, com a alma em paz e mesmo com alegria, sabendo que a recompensa é a vida eterna.
*Conselho 
O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões oportunas nas horas difíceis da vida, para que se comporte como verdadeiro filho de Deus. Isso, às vezes, exige coragem. Pelo dom do Conselho o Espírito Santo nos inspira a maneira correta de agir no momento oportuno. (Ecl3, 1-8 1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3 Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
4 Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5 Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
6 Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
7 Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8 Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz
); fora desse momento preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizer “sim” ou dizer “não". Como a alma humana está sempre inclinada ao erro, mesmo quando possui as virtudes que a ajudam a agir bem, o Espírito Santo enche nossa alma com o dom de Conselho, pelo qual somos levados infalivelmente ao reto juízo sobre os atos que devemos realizar. A alma que vive atenta aos dons do Espírito Santo, diminui muito as possibilidades de pecar.
*Ciência
 O dom da Ciência faz que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho a Deus. Leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Por este dom o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem. O dom da Ciência nos ensina qual o relacionamento entre as coisas criadas e as coisas da Fé. Ele nos faz conhecer tudo segundo a Vontade de Deus, mas através de suas razões naturais. Por não aceitar o dom de Ciência é que os homens passaram a estudar a natureza sem considerar que Deus é seu Criador, e que por isso, tudo e todos devem obediência à Deus. Assim vemos que para recuperar esta sociedade pervertida, devemos abrir nossos corações ao governo de Deus em nós, às suas graças, aos seus Dons.
*Inteligência 
O dom do entendimento ou inteligência nos ajuda a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por ele o cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente daquele que o teólogo obtém pelo estudo; o que é penoso e lento. O dom da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus.
Por esse dom conhecemos os nossos pecados e a nossa miséria. Os santos, quanto mais se aproximaram de Deus, mais tiveram consciência do seu pecado ou da sua distância de Deus.Pela virtude teologal da Fé alcançamos o conhecimento de Deus do modo como Ele revelou-se a nós. Sabemos que Deus é a Santíssima Trindade, que Jesus Cristo é o Verbo Eterno de Deus feito homem, que a Igreja Católica é a única Igreja de Jesus Cristo, etc. Tudo isso é revelado por Deus e ensinado pela Igreja. Quando estamos rezando, ou estudando, ou simplesmente pensando nessas coisas, Deus ilumina nossas almas com a ação do Dom de Inteligência. Iluminados por este Dom do Espírito Santo, não somente acreditamos nessas verdades de Fé, mas passamos a conhecê-las de um modo novo, interior, silencioso, muito elevado. Não podemos dizer como aprendemos aquilo, pois foi Deus quem nos fez ver aqueles mistérios desse modo novo. Os dons são verdadeiras luzes no nosso caminho.
*Sabedoria 
O dom da sabedoria nos dá um conhecimento da verdade revelada por Deus. Abrange todos os conhecimentos do cristão e os põe sob a luz de Deus, mostra a grandeza do plano do Criador e a sua onipotência. Vem da intimidade com o Senhor. Se os Dons do Espírito Santo são mais elevados do que as virtudes, é normal que mesmo a maior de todas as virtudes, a Caridade, possa crescer e se aperfeiçoar, sob a ação de um dom. Este dom será então o maior de todos eles. É o dom da Sabedoria. A Sabedoria consiste em julgar de todas as coisas segundo as suas causas divinas. Em outras palavras, considerar todas as coisas como elas são vistas e queridas por Deus, de quem tudo depende. Nisso a Sabedoria é diferente do dom de Ciência que, como vimos acima, procura as razões de Deus para as coisas por seus elementos mais próximos, na natureza da própria coisa.
No batismo, nos tornamos filhos de Deus. Recebemos a graça santificante com todo o cortejo de virtudes sobrenaturais, inclusive com os dons do Espírito Santo. Mas na Crisma, recebemos de um modo especial o Divino Espírito Santo, para as lutas interiores e exteriores, pelas quais guardaremos intacta nossa Fé. Devemos procurar apresentar os filhos para receber a Crisma o mais cedo possível, pois os ataques do mundo são cada dia mais cedo. Hoje, com oito anos, uma criança já precisa das forças especiais dos Dons para não se contaminar com o espírito do mundo. Atrasar demasiado a recepção da Crisma é abandonar os filhos desprotegidos nas garras do inimigo. 
O dom do Temor de Deus aperfeiçoa tanto a Virtude Teologal da Esperança e a Virtude Cardeal da Temperança. O dom do Temor de Deus não aperfeiçoa estas duas virtudes do mesmo modo. Ele aperfeiçoa a virtude da Esperança porque, pelo Temor de Deus, adquirimos a reverência diante da grandeza de Deus e temos a certeza de sua ajuda. Mas o Temor de Deus nos leva também a evitar todo abuso com as coisas da nossa sensibilidade, o que corresponde a um aperfeiçoamento da virtude da Temperança. Por saber que vivemos na Presença de Deus, evitamos a gula, a embriagues, a sensualidade no vestir, nas atitudes, etc. A virtude da Temperança já nos ajudava a vencer esses excessos, mas o dom do Espírito Santo não consiste num esforço nosso, humano, mesmo se aperfeiçoado por Deus. O dom do Espírito Santo é o próprio Deus agindo em nós. Por isso vencemos imediatamente as nossas tendências más e as tentações. Devemos deixar nossas almas abertas à ação do Divino Espírito Santo. A palavra Espírito quer dizer vento, sopro. Assim devemos abrir nossas almas como velas de um barco, e deixar o Vento divino enche-las e carregar nosso pequeno barco até o porto da Salvação. Todo o Evangelho é um convite para viver das virtudes e dos dons do Espírito Santo. Cada passo da vida de Jesus, cada palavra saída de sua boca nos leva a buscar a Deus com mais amor, a vencer as tentações, a agir bem.
Os Dons do Espírito Santo vão trazer ainda mais perfeição a algumas Virtudes:
*A Fé iluminada pelos dons de Inteligência e Ciência: Sabemos que:
*A Esperança ajudada pelo dom do Temor de Deus.
*A Caridade elevada pelo dom de Sabedoria
*A Virtude da Prudência aperfeiçoada pelo dom de Conselho
*A Justiça, a Piedade, a Religião, santificadas pelo dom de Piedade
*A Virtude Cardeal da Força transformada pelo dom de Força
*A virtude da Temperança e o dom do Temor de Deus
Essa vida de virtudes e de dons é o começo da vida eterna, do Paraíso, já presentes na alma em estado de graça. A Vida Eterna também é chamada de Beatitude, que significa felicidade. Os que vivem no céu são os beatos, ou bem-aventurados. Por isso, Nosso Senhor, no sermão da montanha, (Mateus5:1-11) chama de bem-aventurados, ou seja, felizes, aqueles que viverem as bem-aventuranças que ele descreve, pois elas são atos que podemos fazer, atos de grande perfeição, que já nos faz participar da felicidade do céu. Eis como nos ensina Nosso Senhor no Evangelho citado.
3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Jesus conclui 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Mas esta doutrina tão elevada, que nos é ensinada por São Tomás de Aquino não poderia deixar de ser acompanhada, na alma, pelo vento impetuoso do Divino Espírito Santo, que são os dons. A cada Bem aventurança corresponde um dom.
As Bem aventuranças e os Dons do Espírito Santo
As três primeiras descrevem a recompensa da alma que ama corretamente a si mesmo, que se converte para Deus,  o que é realizado pelo Espírito Santo mediante os três primeiros Dons. Como nos convertemos para Deus?
*Vencendo o apego às riquezas e às honras do mundo - são os pobres de espírito, são os que souberam se posicionar corretamente diante das riquezas do mundo. Este posicionamento da alma corresponde ao Dom do Temor de Deus
*Aprendendo a se controlar, a dominar a raiva, as impaciências - são os mansos, são os que aprenderam a fugir da agitação do mundo, das brigas, raivas etc. Encontram-se em Deus pelo Dom da Piedade 
*Vencendo a tendência ao conforto, à preguiça, aprendendo a sofrer um pouco no nosso corpo por amor a Deus - são os que choram, são os que aprenderam as causas do sofrimento, porque devemos sofrer em união a Jesus Cristo, na Cruz. Este conhecimento nos é dado pelo Dom da Ciência.
As duas  Bem-aventuranças seguintes  que descrevem a recompensa da alma que ama o seu próximo :
*Praticando a justiça, ou seja, dando a cada um o que lhe é devido - são os que têm fome e sede de justiça. São os  que  precisam lutar constantemente para que cada um receba o que lhe é devido. Precisam então do Dom da Fortaleza
*Praticando a bondade, dando ao próximo, por amor de Deus, o que pode agradá-lo - são os misericordiosos. São os que procuram em tudo ajudar aos necessitados, serão conduzidos pelo Dom do Conselho. 
As duas  Bem-aventuranças seguintes descrevem a recompensa da alma que ama a Deus acima de tudo, que na vida de oração procura encontrá-Lo, principalmente levada pelos dons do Espírito Santo:
*Os que vivem da virtude e amam agir sempre no bem - são puros de coração, sempre agindo por amor de Deus, pelas virtudes infusas, verão a Deus, ou seja, receberão o Dom da Inteligência
*Os que esperam receber o prêmio pela ajuda que deram ao próximo - são os pacíficos, são os que alcançaram a paz divina, viverão desta paz pelo Dom da Sabedoria
 Jesus prometeu aos que praticarem as Bem-aventuranças os prêmios que estão descritos no Evangelho:
*Os que se desapegam das riquezas da terra e são pobres de espírito, recebem um tesouro no céu: Deles é o Reino dos Céus.
*Os que conseguiram dominar sua agitação, vivendo pacificamente com todos são os mansos: Possuirão a terra.
*Os que aceitam sofrer no seu corpo por amor a Deus, os que choram: Serão consolados
*Os que procuram dar a cada um o que lhe é devido, com fome e sede de justiça: Serão saciados.
*Os que são generosos para com o próximo, os misericordiosos: Alcançarão misericórdia.
*Os que vivem sempre com reta intenção em tudo o que fazem, os puros de coração: Verão a Deus. 
*Os que imitam a Deus procurando a paz entre os homens, os pacíficos: Serão chamados filhos de Deus.
Os frutos do Espírito Santo
Diante desta maravilhosa doutrina a alma chega aos patamares da Vida Divina, ainda aqui na Terra. E neste estado em que ela se encontra, reina no coração uma autêntica paz, manifestada por atos de virtudes infusas que são chamados os frutos do Espírito Santo. Eles são enumerados por São Paulo no capítulo 5 da Epístola aos Gálatas:
16 Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,
20 Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
22 Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
A mente humana, segundo o "Dr. Angélico" deve estar ordenada em si mesma, em relação ao que está ao seu lado e em relação ao que lhe é inferior. 
Os três primeiros frutos do Espírito Santo - caridade, alegria e paz - ordenam a alma em si mesma em relação ao bem, enquanto a paciência e longanimidade o fazem em relação ao mal. Bondade, benignidade, mansidão e fidelidade a ordenam em relação aos outros; e modéstia, continência e castidade, em relação àquilo que lhe é inferior.
Ordenam a alma em si mesma em relação ao bem
*Amor/Caridade -
ordena a alma no seu ato de amor 
 "Sentimento primordial e raiz de todos os sentimentos", segundo São Tomás - é o primeiro fruto do Espírito Santo. Nela, o Paráclito dá-Se de forma toda particular "como em Sua própria semelhança", uma vez que, no eterno e inefável convívio entre as três Pessoas da Santíssima Trindade, Ele é o Amor substancial do Pai para com o Filho, e do Filho para com Pai. Quando uma alma é cumulada pela seiva divina do Espírito de Caridade, o amor a arrebata e transforma por completo. Assim aconteceu com Santa Maria Madalena, a pecadora pública perdoada e restaurada a ponto de encabeçar a lista das virgens invocadas na Ladainha de Todos os Santos. Tocada por um amor corajoso, não hesitou ela em comprar os melhores perfumes e, alheia ao respeito humano, lançar-se aos pés de Jesus, lavá-los com suas lágrimas e enxuga- los com seus cabelos. Foi uma manifestação de amor veemente, exclusivo e - quase se diria - irrefletido, por não medir esforços nem calcular consequências. Bem podem se aplicar a ela as palavras de São Francisco de Sales: "A medida de amar a Deus consiste em amá- Lo sem medida". Ou as de São Pedro Julião Eymard: "O que é o amor senão o exagero?" Note-se, entretanto, que a caridade nem sempre vem acompanhada de consolações para a alma que a pratica, pois, sendo uma virtude, reside na vontade, e não no sentimento. Assim, "não se trata necessariamente de um amor sentido, mas de um amor intensamente querido; e tanto mais querido, nas almas fervorosas, quanto menos sensível for". A verdadeira prova da autenticidade da caridade é o fato de ela vir acompanhada de uma repulsa inteira ao pecado, pois diz Santo Agostinho: "Ficará demonstrado que amas o que é bom se vires em ti que odeias o que é mau". Não podemos esquecer, por fim, um fundamental desdobramento deste fruto do Espírito Santo, ensinado pelo próprio Cristo:  (Mt22, 39 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo). No dizer de Santo Agostinho, "o amor ao próximo é como o princípio do amor a Deus". E "não há degrau mais seguro para subir ao amor de Deus que a caridade do homem para com seus semelhantes"
*Alegria/gozo -
consequência normal do amor verdadeiro 
Corolário do amor a Deus e ao próximo é a alegria, "pois quem ama se alegra por estar unido ao amado. Ora, a caridade tem sempre presente a Deus, a quem ama, segundo o dizer da primeira Carta de João: (I João 4, 16 16 E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele). Portanto, a alegria é consequência da caridade". Longe de se confundir com os gozos passageiros, provenientes de frivolidades ou de ações proibidas pela Lei de Deus, que logo se transformam em frustração, a alegria do Espírito Santo é toda sobrenatural e penetra até o fundo da alma. Por isso pôde São Paulo dizer: "Estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas tribulações" (II Cor 7, 4 4 Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações).
* Paz -
fruto da perfeita alegria, tanto interior quanto exterior 
"Mas a perfeição da alegria é a paz", afirma o "Doutor Angélico". E isto sob dois aspectos: "Primeiro, quanto ao repouso das perturbações exteriores, pois não pode desfrutar perfeitamente do bem amado o que é perturbado por outros nessa fruição". E, segundo, "no sentido que ela acalma a instabilidade dos desejos, pois não goza da alegria perfeita quem não se satisfaz com o objeto que o alegra". Não há, pois, absolutamente nada que possa perturbar uma alma abandonada à ação do Espírito Santo, porque ela "têm consciência de estar na posse do único bem a que está apegada; sabe que possui a Deus; sabe-se amada por Ele ‘até a loucura', apesar de sua miséria e, por sua vez, também ama a Deus sem medida". De fato, como a paz é procurada em nossos dias, e como parece escorregar de nossas mãos! Numa existência agitada e ruidosa, marcada a fundo pela violência e pelo pecado, tudo concorre para arrancar- nos a paz interior. Como são atuais as palavras de Jeremias: (Jr6, 14 14 E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz)
Ordenam a alma em si mesma em relação ao mal
*Longanimidade/Paciência -perseverança na vida da virtude/o equilíbrio da alma que não se perturba com o mal

Depois de considerar os frutos do Espírito Santo que ordenam a mente para o bem, vejamos aqueles que a levam a atuar de forma correta perante a adversidade: a paciência e a longanimidade. O primeiro nos torna inalteráveis ante os males iminentes; o segundo, imperturbáveis com a prolongada espera dos bens, dado que a privação destes já é um mal.

Pela longanimidade, o Espírito Santo nos leva a aguardar com equanimidade, sem queixas nem amargura, os bens que esperamos de Deus, do próximo e de nós mesmos. Não se trata de uma espera passiva e preguiçosa, mas sim de uma manifestação de coragem que se estende no tempo, de uma dilatada esperança que nos faz fortes de alma nas delongas espirituais. Frutos de longanimidade vemos em abundância na vida de Santa Mônica, durante os muitos anos em que receava pela salvação eterna do filho Agostinho, transviado na imoralidade e na heresia. Sem nunca esmorecer na confiança, rezava persistentemente pela sua conversão. Deus, comprazido em contemplar nessa mãe exemplar os frutos que Ele mesmo semeara, deu-lhe a honra sublime de ter o filho elevado à condição de um dos grandes luminares da Santa Igreja.
 Derivada da fortaleza, a virtude da paciência "inclina a suportar sem tristeza de espírito nem abatimento de coração os padecimentos físicos e morais". Segundo Santa Catarina de Sena, a paciência é a "rainha posta na torre da fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida". Assim aconteceu com o justo Jó que, tendo perdido as riquezas, os filhos e a saúde, com a mesma atitude de alma continuava glorificando seu Criador:  (Jó 1, 21 21 E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR).Quando o Espírito Santo produz em nossas almas esse fruto, tornamos- nos conformes à vontade de Deus; almejamos imitar o exemplo de Jesus Cristo e de Maria Santíssima na Paixão; compenetramos-mos da necessidade de reparar nossos pecados, purificando-nos no cadinho do sofrimento.

Ordenam a alma em relação aos outros
*Bondade - boa vontade para com o próximo 
Depois de bem disposta a mente em relação a si mesma, cumpre ajusta- la em relação ao que lhe está ao redor: O próximo. Isto se dá, em primeiro lugar, pela bondade, isto é, pela "vontade de agir bem". Por efeito de nossa união com Deus, somos compelidos pelo Espírito Santificador a beneficiar os outros. Nossa alma como que se dilata e expande, a ponto de nos converter, de certa forma, em amor. Pois, "como o carvão ou a barra de aço, em si mesmos negros e frios, se tornam brilhantes e ardentes como o fogo, assim a alma imersa nesse braseiro de amor que é o Espírito Santo se torna semelhante em todas as coisas ao divino Espírito". Jesus nos deixou registrado o paradigma dessa bondade na parábola do filho pródigo (Lc15, 11-32 11 E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
12 E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
13 E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
15 E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
16 E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
17 E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
23 E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
24 Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
25 E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
26 E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
28 Mas ele se indignou, e não queria entrar.
29 E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
30 Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
31 E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
32 Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
).Deus é o pai que espera ardentemente o retorno daqueles que d'Ele se afastaram pelo pecado e se encontram enlameados e impregnados de mau odor. Fica ansioso, por assim dizer, de nos ver procurar um de seus ministros no misericordioso tribunal da Reconciliação, para nos perdoar, sarar nossas feridas espirituais e fortalecer-nos a fim de não reincidirmos nas mesmas faltas.
*Benignidade/Benevolênciaser misericordioso e bondoso com o próximo, se comportando com base na lealdade e fidelidade/agir procurando sempre o bem do próximo
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O fruto da benignidade se distingue ao da bondade por já ser, não só um querer, mas um praticar efetivo do bem. Aqui o carvão ou a barra de aço do exemplo anterior não apenas brilham e ardem, mas queimam e inflamam. Por isso "chamam-se benignos aqueles a quem o ‘fogo bom' do amor se inflama em favor do próximo". Modelo desse amor que "se inflama em favor do próximo" foi São Vicente de Paulo. Pedia insistentemente a Deus que lhe desse um espírito benigno; e conseguiu, com a ajuda da graça, domar seu temperamento seco e bilioso, tornando- se cortês e afável. Transformou-se a ponto de se lhe tornar natural uma polidez de trato maravilhosa, com palavras sempre amáveis para todo tipo de pessoas.
*Mansidão - suporta o mal sem se alterar. 
Uma terceira disposição da mente ao ordenar-se em relação ao próximo é a mansidão, pela qual refreamos a ira e suportamos com serenidade de espírito os males infligidos pelos outros. Santa Teresinha do Menino Jesus nos dá belíssimos exemplos de mansidão perante impulsos de irritação, ensinando-nos a praticar esta virtude na vida cotidiana. Eis um deles: Estando um dia as freiras trabalhando na lavanderia conventual, constituída por grandes tanques comunitários, aconteceu de uma irmã, por falta de atenção, lançar sobre a Santa uma chuva de água com sabão. Como é natural, isso lhe provocou um ímpeto de indignação. Mas, acalmada pela brandura do Espírito Santo, logo se conteve, recorrendo ao piedoso subterfúgio de imaginar que o Menino Jesus estava brincando com ela… esborrifando-lhe água e sabão.
*Fé/Fidelidade -
não usa de fraude ou enganos
Como último fruto de nosso bom relacionamento com o próximo, temos a fidelidade, que nos faz "manter a palavra dada, as obrigações assumidas, os contratos estipulados". A fidelidade complementa a mansidão no sentido de que, se esta nos leva a não prejudicar o próximo pela ira, aquela nos conduz a não fraudá-lo nem enganá-lo. Ora, "isso é a fé, tomada no sentido de fidelidade", afirma São Tomás. "E se a tomarmos como fé em Deus, então o homem por ela se ordena ao que lhe é superior, ou seja, dispõe- se a submeter seu intelecto a Deus e, por consequência, tudo o que possui".
. Ordenam a alma em relação àquilo que lhe é inferior
*Temperança/Modéstia - bons modos nas coisas exteriores 
Por fim, após ordenar-se a mente em face do que lhe está em volta, cumpre fazê-lo quanto ao que lhe é inferior, e isto se dá em primeiro lugar pela modéstia, "observando o comedimento em tudo o que diz e faz". Esta virtude mantém nossos olhos, lábios, risos, movimentos, enfim, toda a nossa pessoa, sem excluir nossos trajes, nos justos limites "que correspondem a seu estado, habilidade e fortuna". Santo Agostinho recomenda particular cuidado com a modéstia exterior, que tanto pode edificar quanto escandalizar os que nos rodeiam. Note-se que a afirmação do Bispo de Hipona não deve ser interpretada num sentido exclusivamente negativo. A modéstia exterior inclui também o dever positivo de revestir-se das roupas, gestos e atitudes próprias a edificar o próximo e dar glória a Deus. Lê-se na vida de São Francisco de Assis um episódio que ilustra quanto o cumprimento desse dever pode produzir nas almas um efeito equivalente ou talvez maior que o de um sermão. Certa vez, ele convidou um frade, seu discípulo, a acompanhá-lo: - Irmão, vamos fazer uma pregação - disse-lhe. Após percorrerem a cidade em silêncio, São Francisco retomou o caminho do convento. Sem entender o que se passava, o frade perguntou: - Mas, meu pai, não dissestes que íamos fazer uma pregação? Aqui estamos de volta, e não proferimos uma só palavra… E o sermão? - Já o fizemos. Não percebes que a vista de dois religiosos andando pelas ruas com estas vestimentas e em atitude de recolhimento vale tanto quanto um sermão? - respondeu o Santo.

Continência - a alma aprende a renunciar aos prazeres do corpo lícitos.
Castidade - a alma conserva seu corpo e seu coração puros, fugindo dos prazeres ilícitos.
Esses frutos do Espírito Santo fazem a alma fugir dos frutos da carne, que São Paulo também enumera, que são diversos pecados ou vícios que levam a alma para o mal. Ao contrário, os frutos do Espírito Santo orientam a alma já avançada no amor de Deus em direção à vida eterna, Deus visto como fim último a ser alcançado, Luz Eterna que encherá nossas almas para sempre da Felicidade.
Logo no início do estudo sobre as virtudes, vimos que podemos adquirir na nossa alma uma força habitual, enraizada e má, chamada vício. Esses vícios empurram a alma a praticar atos contrários às virtudes, ou seja, atos pecaminosos, pelos quais ofendemos gravemente a Deus nosso Senhor.
Também em relação ao que lhe é inferior - isto é, às paixões - ordenam o homem a Continência e a Castidade. Segundo São Tomás, elas se distinguem uma da outra "quer porque a castidade nos refreia em relação ao que é ilícito, e a continência ao que é lícito, quer porque a pessoa continente sofre as concupiscências, mas não se deixa arrastar por elas, enquanto o casto nem as sofre e muito menos as segue". Com efeito, a alma que produz o fruto da castidade torna-se realmente angélica. Muito ao contrário dos tormentos interiores de agitação e ansiedade, nos quais vive quem se entrega às paixões desordenadas, o casto já antegoza o Céu na terra. A continência, a seu lado, "robustece a vontade para resistir às concupiscências desordenadas muito veementes"; portanto, indica um freio, enquanto a pessoa abstém-se de obedecer às paixões. Ela, assim, prepara a alma para essa castidade, pois "os que fazem tudo quanto é permitido acabarão por fazer o que não é permitido".
Espírito de Amor e intercessão de Maria
Qual navio batido pelas ondas na procela, a alma sente neste vale de lágrimas os falaciosos atrativos da carne, convidando-a ao naufrágio. Muito bem exprime São Paulo essa difícil situação:  (Rm7, 23-2423 Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
). Mas, aos olhos do bravo navegante que, em vez de desanimar, ergue a vista à busca da salvação, sempre está a brilhar um farol: (Rm8, 2-3 2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne
). Dada a nossa natural insuficiência, agravada pelas consequências do pecado original, torna-se indispensável o auxílio divino para completarmos a árdua corrida rumo à eterna bem-aventurança. E o Espírito de Amor vem sempre em socorro da nossa fraqueza, com suas graças e dons. Ele não cessa de interceder por nós  (Rm8, 26 26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis) e ainda nos dá como medianeira e advogada sua Fidelíssima Esposa. Saibamos recorrer sempre a Ela. Pois a poderosa intercessão de Maria Santíssima é a via mais segura para transformar graminhas estéreis em frondosas árvores carregadas de frutos.

http://www.imissio.net/artigos/51/267/os-7-dons-do-espirito-santo-explicados-por-papa-francisco/
https://www.veritatis.com.br/as-bem-aventurancas-e-os-frutos-do-espirito-santo/
http://www.catolicoorante.com.br/frutos_do_espirito.html
https://pt.aleteia.org/2017/01/27/os-7-dons-do-espirito-santo-numa-explicacao-facil-de-entender/
http://www.di.ubi.pt/~jpaulo/biblia/Galatas.htm
https://www.wordproject.org/bibles

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